sexta-feira, 23 de novembro de 2012

I Encontro Baiano dos povos da Cabruca debaterá desenvolvimento sustentável regional




Será realizado entre os dias 26 e 28 de novembro, no auditório Jorge Amado, na UESC, o I Encontro Baiano dos Povos da Cabruca. O evento abrigará o I Encontro Baiano de Sistemas Agrossilviculturais, a Cúpula Técnica dos Povos (Encontro de saberes da Agricultura Familiar com a Ciência), uma Feira da Agricultura Familiar e de Artesãos, exposições e espaços para negócios.

O evento é uma realização da CEPLAC, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Empresa Junior de Agropecuária (EJA) e o Centro de Desenvolvimento Ambiental e Cidadania (CDAC), e tem o objetivo de debater propositivamente o combate à pobreza e a promoção do desenvolvimento regional em bases sustentáveis, congregando as comunidades científicas, técnicas, acadêmicas e agrícola, tendo os sistemas agrossilviculturais (agroflorestais) como instrumento de conservação produtiva.

Um dos destaques da programação fica por conta da palestra sobre “Inclusão Social e Conservação Produtiva”, que será proferida pelo pesquisador da CEPLAC Dan Érico Lobão, logo após a solenidade de abertura do evento, que terá inicio as 9 horas da segunda-feira (26).

Relatos de experiências da agricultura familiar sobre a temática fazem parte da programação, que prevê também visitas técnicas em áreas onde a CEPLAC desenvolve projetos do Sistema Cabruca, e ainda a realização de mesa-redonda, mini-cursos, exposição fotográfica e stand da CEPLAC.

Além de subsidiar políticas públicas voltadas ao combate da pobreza e à promoção da sustentabilidade, o Encontro, segundo os organizadores, será também um forte instrumento para difundir o IX Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, que será realizado em outubro de 2013, em Ilhéus.

Enquanto os Estados concorrentes Investem em Programas para Revitalizar a Lavoura Cacaueira, a Bahia se retrai.


Enquanto as lavouras  da Amazônia avançam em novos plantios e alcançando um elevado índice de produtividade, o Espirito Santo contam com uma série de incentivos para revitalizar as lavouras e combater pragas e doenças, a Bahia que já foi e ainda é o maior produtor de cacau do país está à margem do governo.
O Espírito Santo ocupa o terceiro lugar entre os maiores produtores de cacau do Brasil, atrás dos estados da Bahia e Pará que ocupam, respectivamente, o primeiro e o segundo lugares. O Estado possui cerca de 20 mil hectares plantados com cacau e a atividade envolve aproximadamente mil produtores, cerca de 90% dessa área está no município de Linhares.
O Programa de Revitalização das Áreas Produtoras de Cacau do Espírito Santo foi lançado, no dia (14) deste mês, em Linhares.  Com a presença do Governo  do Espírito Santo , Renato Casa Grande, o Diretor da Ceplac  Helinton José Rocha, o secretário de Estado da Agricultura Enio Bergoli, foi lançado o programa, também chamado de Cacau Sustentável, para elevar a competitividade nos plantios tradicionais e favorecer a implantação de lavouras em sistemas agroflorestais. A meta é atingir a produção de 14 mil toneladas de amêndoas por ano, em 2015.
Os produtores que aderirem ao programa terão acesso a pagamento por serviços ambientais, recebimento de mudas resistentes a pragas e doenças, crédito financeiro com condições diferenciadas, assistência técnica direcionada e outros incentivos.
Os produtores terão acesso à mudas resistentes a vassoura-de-bruxa , crédito financeiro com condições diferenciadas, assistência técnica direcionada, pagamento por serviços ambientais e outros estímulos.
Normas
Durante a solenidade, foi assinada a Instrução Normativa do Idaf, publicada no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo, também nesta quarta-feira, que institui as normas para renovação e substituição da cultura do cacau nas formações vegetais no sistema agroflorestal de cabruca. O documento esclarece as regras ambientais para eliminar plantas doentes, impedindo o avanço da vassoura-de-bruxa, e reaproveitar o material retirado.
Investimentos na cacauicultura
A Seag adquiriu, no ano passado, 150 mil mudas de cacau tolerantes à vassoura-de-bruxa para a formação de jardins clonais de multiplicação e para repasse a produtores cadastrados pela Ceplac e aos escritórios do Incaper dos municípios produtores.
Grupo belga investe em fábrica de chocolate no ES
O grupo belga Puratos anunciou investimento de 12,7 milhões de euros (R$ 33,23 milhões) em uma fábrica, com capacidade para produzir 10 mil toneladas de chocolates por ano, no município de Linhares. O cronograma detalhado de implantação e o valor do investimento foram apresentados ao secretário da Agricultura, Enio Bergoli, no mês de outubro, durante reunião na sede da empresa, na Bélgica.
Nos próximos meses, representantes do grupo Puratos virão ao Espírito Santo para apresentar ao governador Renato Casagrande o projeto da fábrica de chocolate e como será o funcionamento.
A localização do investimento será ao lado da indústria de licor de cacau Floresta Rio Doce, que pertence ao mesmo grupo, e foi inaugurada em 2010. O projeto na nova unidade ficará pronto até dezembro de 2012 e o início da implantação está previsto para o primeiro trimestre de 2013.
A fábrica terá quatro linhas de produção e deverá entrar em operação nos primeiros meses de 2014, com capacidade inicial de quatro mil toneladas de chocolate em barras e gotas, matérias-primas básicas para segmentos como confeitaria e padaria.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Alberga primeira conferência mundial do Cacau


Direto de Côte d'Ivoire



Abidjan - Cerca de mil delegados devem participar na primeira conferência mundial do cacau que arranca hoje (segunda-feira), em Abidjan, a capital económica ivoiriense, para reflectir sobre o relançamento da economia do cacau.
 
Os participantes são representantes dos países produtores e dos países reconhecidos como grandes consumidores dos produtos do cacau. Trata-se igualmente de altos responsáveis das principais empresas de cacau e de chocolate, bem como de pesquisadores, cientistas e organizações de agricultores.

Em quatro dias, os participantes deverão encontrar pistas de relançamento da cultura do cacau que está a perder espaço devido a um entusiasmo por outras culturas como a hévea e a palma.

Côte d'Ivoire é o primeiro país produtor mundial com um milhão e 410 mil toneladas em 2011-2012, ou seja 35,6 por cento da produção mundial de cacau, à frente do Ghana (21,7 por cento) e da Indonésia (12,1 por cento).

Cacau do Espírito Santo faz sucesso no Salon Du Chocolat de Paris


O chocolate produzido com cacau do Espírito Santo tem sido destaque no estande brasileiro no Salon Du Chocolat 2012, realizado no Parque de Porte de Versailles na capital francesa que serfá encerrado nesta segunda-feira (5). O evento reúne expositores de todo mundo com degustação de chocolates, palestras técnicas e apresentações culturais. *A delegação capixaba, que representa o setor cacaueiro estadual no evento, realizou contatos com indústrias de chocolate de países europeus buscando oportunizar novos negócios para a cacauicultura estadual. “Tivemos dois dias muito produtivos com bons contatos com chocolateiros europeus. Todos aprovaram nosso produto”, destacou o produtor Emir de Macedo Gomes Filho.

A Indicação Geográfica do Cacau de Linhares, certificação conquistada recentemente pela Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal) através do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), foi destaque neste primeiro dia do evento. “O Estado entra no mercado internacional com essa certificação de origem. Temos um conceito de produção de cacau baseada em práticas de produção adequadas e respeitando critérios socioambientais”, afirmou o Secretário da Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli.

O grupo belga Puratos anunciou o investimento de € 12,7 milhões (R$ 33,42 milhões) em uma fábrica, com capacidade para produzir 10 mil toneladas de chocolates por ano, no município de Linhares. O cronograma detalhado de implantação e o valor do investimento foram apresentados pelo diretor de Mercados Globais da Puratos, Peter Deriemaeker, ao secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, na última terça-feira (30) na Bélgica, durante reunião na sede da empresa, próximo a Bruxelas. Reunindo expositores de diversas partes do mundo, o Salão do Chocolate de Paris proporciona opções aos milhares de consumidores que visitam o evento. O estande do Cacau do Brasil teve visitação intensa nos dois primeiros dias do evento, em especial o cacau do Espírito Santo.

O francês Hervé Ambiehl experimentou o cacau o chocolate processado com cacau da Fazenda São Luiz, no município de Linhares (ES), e aprovou. “Muito bom. Estala na boca de tantas sensações que esse chocolate proporciona. Com um bom café, é uma ótima pedida”, disse encantando com o chocolate.

Mesmo sem o hábito de comer chocolate com mais cacau na mistura, a francesa, Assolate Mina, destacou o paladar do produto com cacau capixaba. “Tem um gosto apurado que fica na boca. Mesmo com menos açúcar na mistura, como estou acostumada, não atrapalha o sabor do chocolate. Muito bom”, afirmou Mina. *Esta é a 18ª edição do evento e tem participação de 400 renomados profissionais chocolateiros, uma média de 160 expositores de diversas partes do mundo, e um público esperado de 130 mil visitantes.

Com o tema: Les Nouveaux Mondes du Chocolat (Os Novos Mundo do Chocolate), o Salon 2012 apresenta as novas tendências no consumo de chocolate, os novos sabores, os jovens talentos e os países que estão em ascensão no mercado de cacau e chocolate, incluindo o mercado de chocolate brasileiro.

“Linhares está em evidência no Salão do Chocolate de Paris”, afirma Bourguigon. O secretário de agricultura e presidente do Sindicato Rural de Linhares, Antonio Roberte Bourguignon, que faz parte da delegação capixaba no Salão de Chocolate de Paris, que ocorre no Porte de Versailles entre os dias 31 de outubro e 04 de novembro, destacou a participação do município no mais importante evento de chocolate do mundo.

Para o secretário, a qualidade do cacau de Linhares e a Indicação Geográfica conquistada pelo setor estão em evidência no evento. “Percebemos que o cacau do nosso município está muito bem avaliado em todo mundo por especialistas do segmento chocolateiro. Precisamos alinhar novas parcerias para oportunizar o desenvolvimento de todo setor”, afirmou Bourguignon. *Segundo ele, a recuperação da cultura cacaueira está começando e, para isso, todo o setor precisa estar empenhado neste propósito. ”Temos que ter todos os atores da cadeia produtiva unidos para que possamos continuar nesse processo de revitalização do cacau capixaba”, frisou.

Fonte: Portal do Agronegócio

sábado, 17 de novembro de 2012

Preços do cacau voltam a cair com perspectiva de oferta




Cenário: Paula Moura Os preços futuros do cacau despencaram ontem na Bolsa de Nova York após subirem na quarta...
Os preços futuros do cacau despencaram ontem na Bolsa de Nova York após subirem na quarta e na quinta-feira, quando temores em relação às exportações da Costa do Marfim, maior produtor mundial, deram suporte. Investidores estavam preocupados com o impacto da notícia de dissolução do gabinete do presidente Alassane Ouattara na comercialização do cacau
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Isso fez o mercado embutir um prêmio de risco nos preços. Com o alívio das tensões no país, os participantes embolsaram lucro e as cotações cederam na sexta-feira. O contrato para entrega em março recuou 3,42% e fechou a US$ 2.398 por tonelada.
Na mesma bolsa, o algodão subiu 0,55%, com a confirmação de vendas grandes dos Estados Unidos na semana encerrada em 8 de novembro. O açúcar subiu 0,58%, com suporte de demanda no nível de 19 centavos de dólar por libra-peso. Já o café caiu 0,97%. A perspectiva de oferta ampla devido à safra recorde no Brasil continua a pesar sobre os preços.
Na Bolsa de Chicago, as cotações soja cederam 1,34%, pressionadas por condições climáticas favoráveis na América do Sul e por possíveis cancelamentos feitos pela China. O milho avançou 0,80%, depois que o governo norte-americano decidiu manter a mistura de etanol na gasolina mesmo após o país colher uma produção de milho 100 milhões de toneladas menor do que esperava. Nos EUA, o etanol é feito a partir do cereal e a decisão indica que a procura pelo produto deve continuar firme. O trigo recuou 0,87%, com o enfraquecimento da demanda.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

“Desatando o Nó” Timóteo e seu modus operandi: do 'terror biológico' à 'visão de Eliza Samúdio'






 Mais uma vez entra em cena Luiz Henrique Franco Timóteo. Um baiano de Itabuna que saiu da velha vida de viciado e traficante para ganhar as paginas da veja como réu confesso de um crime biológico. 

Também com uma carta, característica peculiar de Timóteo que não é nova. Em 2006 ele, também munido de uma carta, fez 'revelações' à revista Veja sobre um suposto crime que ele próprio cometera (Réu Confesso). Ele contou à publicação o que já teria contado a diversos cacauicultores, que teria sido ele a pessoa que amarrara, quase duas décadas antes, galhos contaminados com o fungo da vassoura-de-bruxa em cacaueiros do sul da Bahia.

Na época a história de Timóteo não passava de um relato esdrúxulo, mas a partir do momento que Policarpo Junior (Veja) entrou em cena a noticia passou a ter outra conotação. Muitos questionamentos foram feitos na época. Porque Timóteo chamaria pra si a responsabilidade de assumir um crime e levando com ele os nomes de cinco sindicalistas, funcionários da Ceplac que enfrentavam o sistema da época e incomodava os poderes em todas as instâncias? O que ele estaria lucrando e quem estaria por trás de suas confissões suicidas?

Mesmo sem ter nenhum recurso financeiro, Timóteo se hospedavam na casa do Indiano Assharam, pesquisador da Ceplac que viajava muito para Rondônia, onde conheceu Timóteo, adversário politico dos sindicalistas e porta voz do Carlismo local e tinha como advogado o escritório de Sharif em Salvador! Depois de causar grandes prejuízos, principalmente de ordem moral e psicológica, ao grupo e seus familiares, Timóteo desapareceu, dificultando inclusive o processo que o grupo moveu contra a editora Veja, pois os juízes não conseguiam localizar o traficante Timóteo para ouvi-lo, até que na semana passada ele virou noticias de seu novo endereço: Timóteo está preso por tráfico de drogas. Luiz Henrique Franco Timóteo tem uma capacidade ímpar de chamar a atenção da mídia. De dentro da cadeia, conseguiu mobilizar o grupo Folha e outros gigantes da comunicação, com uma simples carta. Aliás, nem tão simples, mas de uma fantasiosidade incrível. Tão incrível que até um advogado que poderia tirar proveito do documento, ainda duvida de sua veracidade. ( Blog o Trombone).


 Timóteo é padrasto do ex-goleiro Bruno, acusado de matar a namorada-problema Eliza Samúdio. Assim como o enteado, Timóteo está preso. Da cadeia, mandou dizer, na tal carta, que a mulher está viva, no exterior, fanfando com um novo nome - Olívia. Outra curiosidade é que, nos dois casos, Timóteo chama a atenção de todos ao confessar um crime. Dessa vez ele teria ajudado a ex de seu enteado a conseguir um documento falso para sair do país. No mínimo, cúmplice ou negligente.


Mas há uma diferença entre os dois episódios: em 2006, ele estava a serviço de um projeto que visava eliminar o ex-prefeito Geraldo Simões do cenário de liderança política de Itabuna e região. 

O modus operandi é o mesmo - uma carta de confissão. Outra diferença básica: o caso do ex-goleiro tem um promotor que não aceita esse tipo de jogo, e já descartou a possibilidade de ser verdadeira a informação do presidiário Timóteo.

Já no caso da vassoura-de-bruxa, havia uma legião de inimigos ávidos pela derrocada de Simões e do PT em Itabuna. E uma 'Veja' pelo caminho, ao ponto de virar um documentário denominado de “ O Nó” que começa a ser desatado pela falta de confiança na principal fonte, um drogado e traficante que é capaz de vender a própria alma para conseguir alguns trocados.

A Veja 

O tempo passou e a verdadeira face da Veja ficou escancarada com a relação de crimes: Veja e Cachoeira, as provas de uma parceria.

De Acordo com as gravações feitas pela Polícia Federal que mostram a relação profunda do diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior, com o quadrilha do bicheiro Carlos Cachoeira.

A relação entre eles aparece em uma série de interceptações telefônicas realizadas durante as operações Vegas e Monte Carlo. O objetivo básico da ligação entre os dois, conforme a reportagem de Leandro Fortes era manter o fluxo de informações para a revista contra alvos específicos. Em troca, Policarpo informava o grupo de Cachoeira sobre o que seria publicado. (Carta Capital).

 Um velho hábito da Veja sob o comando de Policarpo Junior é o de matérias pagas, a exemplo do caso no Sul da Bahia onde a Veja deu uma conotação de crime biológico, mesmo ouvindo o depoimento dos acusados que afirmavam não ser verídica a história do réu confesso. Nas ruas de Itabuna corria de mão em mão a boneca da matéria da Veja, coletando dinheiro entre os fazendeiros e políticos, principalmente do grupo ligado a ACM, para arcar com as despesas de publicação das duas páginas da revista.

Ed Ferreira